Créditos: Reprodução
No último final de semana, fomos conferir os três dias do Lollapalooza 2024. Apesar da chuva constante, o público e os artistas não deixaram de curtir o festival, que trouxe muita música, emoções e a estreia do Blink-182 no Brasil.
O QUE ROLOU NO PRIMEIRO DIA?
Rancore:
A banda abriu o palco Budweiser com um show de hardcore, conquistando os fãs, mesmo com o horário cedo e o clima chuvoso.
Marcelo D2:
No palco Alternativo, Marcelo D2 trouxe uma mistura de rap e samba, incluindo clássicos de Zeca Pagodinho e Renato da Rocinha, criando uma energia contagiante.
Fletcher:
Com seu estilo pop-punk, Fletcher manteve o público entretido com piadas e boa energia. No entanto, a crítica ao show do The Offspring foi mista, com destaque para as dificuldades vocais de Dexter Holland. Por outro lado, o Blink-182 entregou uma performance nostálgica e energética, embora com algumas limitações vocais devido à idade dos membros.
Arcade Fire:
A banda canadense foi um dos grandes destaques da noite, trazendo sua sonoridade grandiosa e performances intensas. O show foi uma jornada emocional, passando por clássicos como Wake Up, Rebellion (Lies) e The Suburbs. A interação com o público tornou o momento ainda mais especial, e o gesto de carinho do vocalista Win Butler, que desceu do palco para interagir com os fãs, foi um ponto alto. Além disso, a apresentação de Águas de Março, com Silvanny Sivuca na percussão, emocionou o público.
The Offspring:
Os veteranos do punk rock mantiveram a energia com um setlist recheado de hinos como Pretty Fly (For a White Guy), Self Esteem e Come Out and Play. Embora Dexter Holland tenha enfrentado alguns desafios vocais, a energia da banda não diminuiu, e o público seguiu em êxtase.
Blink-182:
Na aguardada estreia da banda no Brasil, Tom DeLonge, Mark Hoppus e Travis Barker trouxeram uma avalanche de sucessos, transformando o Autódromo de Interlagos em um grande coral. Clássicos como All the Small Things, I Miss You e What’s My Age Again? fizeram a plateia cantar e pular do início ao fim. Além disso, o sucesso Always, que até então estava fora do setlist, foi incluído, incendiando o público.
Além dos destaques internacionais, Marcelo D2 e Luísa Sonza representaram a música brasileira com apresentações marcantes. Luísa emocionou o público ao interpretar Folhetim, de Chico Buarque, e entregou um show envolvente e visualmente impactante.
A sexta-feira foi marcada pelo revival do pop-punk dos anos 90 e 2000, trazendo muita nostalgia e diversão para os fãs dessas bandas que continuam firmes no cenário musical, mesmo com o tempo.
O QUE ROLOU NO SEGUNDO DIA?
O segundo dia do Lollapalooza 2024, realizado no sábado (23) no Autódromo de Interlagos, foi marcado pela chuva e lama, mas o público não se intimidou e aproveitou as apresentações memoráveis. O dia contou com grandes nomes da música nacional e internacional, como Hozier, Thirty Seconds To Mars, Limp Bizkit, Kings of Leon e o histórico show de despedida dos Titãs. O Lolla 2024 trouxe uma mistura poderosa do peso do rock alternativo, a energia do nu metal e momentos inesquecíveis com bandas que marcaram gerações.
Pierce The Veil:
Os fãs do post-hardcore vibraram com a energia intensa do grupo, que trouxe um setlist emocional e empolgante. Músicas como King for a Day, Caraphernelia e Bulls in the Bronx incendiaram o público, com direito a mosh pits e uma entrega total da banda. O vocalista ainda chamou uma fã chamada Gina para o palco na música Hold On Till May e a dedicou a ela.
Limp Bizkit:
O show de Fred Durst e companhia foi uma explosão de nostalgia para os fãs do nu metal. A banda trouxe uma sequência de sucessos como Break Stuff, My Way e Rollin’, levando a plateia ao êxtase. O Limp Bizkit fez a galera se agitar com clássicos do nu metal dos anos 2000, enquanto o Kings of Leon focou em hits antigos como Radioactive e Sex On Fire, além da novidade Mustang.
30 Seconds to Mars:
Jared Leto fez jus à sua fama de frontman carismático e entregou um show impactante. Com direito a fãs subindo ao palco e interações constantes, a banda trouxe hinos como The Kill, This Is War e Closer to the Edge. O vocalista até escalou a estrutura do palco, levando o público ao delírio. Além disso, Leto se destacou ao vestir a camisa da Seleção Brasileira e chamar o jogador Marcelo ao palco, criando uma conexão única com a plateia.
Kings of Leon:
Escalados de última hora para substituir o Paramore, o Kings of Leon entregou um show memorável. Clássicos como Sex on Fire e Use Somebody foram acompanhados em coro pelo público, provando que o rock alternativo segue firme e forte nos festivais.
Titãs:
Um dos momentos mais emocionantes do festival foi a despedida histórica dos Titãs com sua formação clássica. O show revisitou os maiores sucessos da banda e foi carregado de emoção e nostalgia. A performance incluiu grandes hits como Epitáfio e Sonífera Ilha, e contou com a participação especial de Alice Fromer, filha de Marcelo Fromer, homenageando o guitarrista falecido.
Outros Destaques:
Hozier trouxe seu estilo folk e blues com uma apresentação emocionante, enquanto a InDharma, banda de rap-rock, abriu o Palco Budweiser. O festival também contou com performances marcantes de Jessie Reyes e BK.
O segundo dia do Lollapalooza 2024 foi uma celebração de música, nostalgia e energia vibrante, deixando o público com memórias inesquecíveis e marcando mais um capítulo histórico do festival.
O QUE ROLOU NO TERCEIRO DIA?
O último dia do Lollapalooza 2024 foi uma verdadeira celebração da diversidade musical, com artistas brasileiros e internacionais dominando os palcos e proporcionando momentos inesquecíveis.
Nothing But Thieves
Com show sem grandes expectativas, mas que conquistou alguns fãs com a presença de palco do vocalista Conor Mason. A banda, que mistura rock alternativo e indie dançante, se destacou pela poderosa voz de Mason e pelas músicas do álbum Dead Club City (2023), intercaladas com faixas mais conhecidas como “Trip Switch” e “Sorry”. A performance mostrou o potencial do grupo como um bom expoente da nova geração do rock britânico, comparável a nomes como Muse e Arctic Monkeys. Mason prometeu voltar ao Brasil, deixando uma impressão positiva e ganhando novos fãs.
Gilberto Gil
Com uma apresentação repleta de brasilidade, o mestre da MPB emocionou o público ao cantar clássicos como Vamos Fugir e Palco, provando que sua conexão com a plateia segue inabalável. Gil trouxe sua energia contagiante para o palco Samsung Galaxy, sendo ovacionado pela juventude brasileira e encerrando o show com Tempo Rei e Toda Menina Baiana, deixando uma marca inesquecível na noite.
SZA
Em sua estreia no Brasil, a cantora americana entregou um dos shows mais aguardados do festival, misturando R&B e hip-hop com sua presença magnética. Músicas como Kill Bill e Snooze foram grandes destaques de sua performance. SZA emocionou o público com músicas sobre sofrimento e amor, dançando com a bandeira brasileira, vestindo uma camiseta da seleção e interagindo de forma carinhosa com os fãs, criando uma conexão única.
Sam Smith
Encerrando o festival em grande estilo, Sam Smith trouxe sua poderosa voz e um show visualmente deslumbrante. O público foi arrebatado por hits como Stay With Me, Too Good at Goodbyes e Unholy. O artista também se dedicou a promover a liberdade de ser quem se é e agradeceu ao público pela calorosa recepção. O show foi uma verdadeira celebração de identidade e música.
Greta Van Fleet
O festival foi encerrado com a empolgante apresentação de Greta Van Fleet, que substituiu atrações canceladas. A banda de rock, com forte inspiração no Led Zeppelin, conquistou a plateia com solos de guitarra e vocais agudos intensos, tocando canções como The Falling Sky e Safari Song. Com muita energia, o grupo fechou a edição de 2024 do Lollapalooza de forma inesquecível.
Com três dias de música intensa, encontros históricos e momentos inesquecíveis, o Lollapalooza Brasil 2024 se consagrou como um dos festivais mais marcantes do país. Seja no peso do rock, na emoção da MPB ou na potência do pop, cada artista deixou sua marca no coração do público.
PCD LOLLAPALOOZA 2024
Também fomos conferir como estava a área PCD do festival e observamos diversas melhorias em relação aos anos anteriores, especialmente as vans de suporte, que levavam os PCDs de um palco a outro, facilitando a acessibilidade no local. As plataformas estavam mais espaçosas, embora ainda fosse necessário disponibilizar mais cadeiras. Além disso, fizemos um pequeno documentário entrevistando fãs PCDs. Confira abaixo: