Segundo dia do The Town celebra o Rock em suas mais variadas vertentes

Segundo dia do The Town celebra o Rock em suas mais variadas vertentes

Crédito: Wesley Allen

Neste domingo (7), foi realizado o segundo dia do The Town 2025 e passaram pelo festival diversas bandas e artistas para celebrar o Rock em suas mais variadas vertentes. Teve Green Day, Bad Religion, Bruce Dickinson e Capital Inicial no palco Skyline, e Iggy Pop, Pitty, CPM 22 e Supla & Inocentes no palco The One.

Além disso, os demais palcos mantiveram a energia em alta durante toda a noite, com apresentações, por exemplo, do Black Pantera no Quebrada e do Tihuana no Factory, onde aconteceu o histórico encontro da banda paulistana com Andreas Kisser, guitarrista do Sepultura, para um final avassalador com o clássico “Tropa de Elite”.

Nessa edição do The Town, o dia 7 de setembro, data historicamente ligada à Independência do Brasil, gerou uma curadoria dedicada a relacionar o feriado ao rock, gênero que, ao longo das décadas, sempre ressurgiu em momentos de tensão social como voz de contestação e de cobrança por mudanças, sobretudo representando uma juventude inquieta e insatisfeita.

O festival reforçou a ideia de que a arte carrega, em sua essência, um caráter transformador. No palco, artistas como Pitty e Capital Inicial deram o tom de resistência em seus discursos e repertórios, o mesmo se viu na energia das batalhas de rima do palco Quebrada, que aproximaram o espírito do rap da tradição de confronto do rock. A noite ganhou ainda mais peso com a presença do Green Day, banda que há décadas incorpora mensagens de rebeldia e crítica social em suas apresentações.

Iggy Pop

Um dos momentos mais esperados da noite aconteceu com o retorno triunfal de Iggy Pop ao Brasil no palco The One. Considerado o “padrinho do punk”, o artista de 78 anos mostrou toda sua vitalidade em meio a hits de sua carreira tanto solo quanto com o The Stooges como “Lust For Life”, “Raw Power”, “The Passenger” e “I Wanna Be Your Dog”.

Bad Religion

Substituto dos Sex Pistols na última hora, o Bad Religion parece ter se sentido em casa mesmo que sua escalação tenha acontecida de forma tão repentina. Passando por mais de mais de quatro décadas de carreira, o show da veterana banda no Skyline foi arrebatador e o grupo trouxe para o palco sucessos como “21st Century” e “American Jesus”. Pioneiros do punk californiano, os integrantes mostraram com energia máxima suas canções de letras afiadas e cheias de crítica social.

Bruce Dickinson

Bruce Dickinson trouxe ao Skyline a força de sua carreira solo em uma apresentação potente e cheia de carisma. Com sua presença marcante e a mesma energia que o consagrou no Iron Maiden, o vocalista incluiu no repertório de sua apresentação no The Town “Flash oh the Blade”, canção que ficou 41 anos sem ser tocada ao vivo.

Pitty

Pitty começou seu show no palco The One com o hit “Máscara”, presente no icônico disco de estreia da cantora baiana Admirável Chip Novo (2003). A artista vestia preto dos pés à cabeça, com direito a um terninho e correntes sobre o corpo e luvas nas mãos.

Sucessos como “Teto de Vidro”, “Semana Que Vem” e “Memórias” não ficaram de fora do repertório e, durante a execução de “Equalize”, um fã na plateia pediu sua namorada em casamento, recebendo o “sim” entre lágrimas.

Capital Inicial

Representando o rock brasileiro, o Capital Inicial abriu o Skyline com energia contagiante de sempre. Dinho Ouro Preto e banda levaram o público a cantar em coro hits como “Natasha”, “Quatro Vezes Você” e “Primeiros Erros” em um show que reforçou a importância na cena nacional da banda, que atualmente comemora na estrada os 25 anos de seu icônico Acústico MTV, lançado em 2000.

Supla & Inocentes

Na abertura do palco The One, Supla & Inocentes entregaram um set vibrante e cheio de personalidade, reforçando a força da cena punk brasileira e criticando governos autoritários e sujos, pedindo ainda pelo impedimento do ex-presidente Jair Bolsonaro de conseguir sua tão sonhada anistia, enquanto ele é julgado nesta semana pelo STF por crimes relacionados aos atos golpistas do dia 8 de janeiro de 2023.

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