Last Dinosaurs fala sobre estreia no Brasil e colaborações musicais

Foto: Keaidkumchai Tongpai

A banda indie australiana Last Dinosaurs se prepara para estrear no Brasil com um show imperdível para os fãs! O grupo, formado pelos irmãos Lachlan e Sean Caskey e o baixista Michael Sloane, se apresentam hoje (4) no Jai Club, em São Paulo.

No ano passado, a banda lançou seu álbum de estúdio “KYORYU e, recentemente, fez o relançamento em vinil de seu aclamado álbum de 2018, Yumeno Garden (Alternate Versions). Em uma entrevista recente à Glow Pop Brasil, Michael Sloane compartilhou detalhes sobre essa estreia no Brasil, sua colaboração com a banda argentina Isla de Caras, o processo de composição de seu último álbum e referências cinematográficas da banda. Confira abaixo!

Glow Pop Brasil: Como estão as expectativas para o show no Brasil?

Michael Sloane: As expectativas são de alta energia da público. Isso é o que sempre esperamos, e acho que vai acontecer. Acredito que os fãs brasileiros vão realmente mostrar essa energia. Com certeza, eles vão provar isso para nós! Gostaríamos de poder ficar mais tempo, mas, infelizmente, só teremos um curto período. Chegamos à tarde e logo depois já teremos o show. Também esperamos fazer um passeio rápido por São Paulo, embora o tempo seja curto para isso. Mas queremos comer algo e conhecer algumas pessoas legais. Acho que a energia no show será altíssima. Estou muito ansioso por isso.

Glow Pop Brasil: Fale um pouco sobre o processo de composição do seu último álbum, KYORYU.

Michael Sloane: Sim, KYORYU. Essa é uma história longa. Mas, basicamente, os dois irmãos da banda, Sean e Lachlan, escreveram todas as letras. Eles compuseram as músicas separadamente, enquanto eu trabalhei nos arranjos também de forma independente. Normalmente, todos nós nos reunimos para compor o álbum juntos, mas desta vez decidimos tentar algo diferente… fazer nosso primeiro álbum conceitual. O conceito é que ele tem duas metades com temas distintos, lançadas como dois EPs separadamente, e depois unidas num álbum completo. Isso significou que criamos mais vídeos musicais e mais lançamentos do que faríamos normalmente para um álbum.

Tivemos três ou quatro músicas com vídeos e lançamentos visuais de um dos EPs, o que foi o dobro do trabalho que normalmente se faz para um álbum. Mas, no geral, o conceito era futurista, algo que nunca havíamos feito antes, mas tentamos conectar os visuais para que tudo se sentisse unificado e para passar ao público a ideia geral que tínhamos em mente. Quando as músicas foram escritas, as vibrações das músicas eram bem futuristas, sabe? Algo no estilo de Blade Runner. A história por trás disso é algo que você realmente precisa se aprofundar, assistir aos vídeos no YouTube, para entender a história completa. Achamos que seria interessante, uma maneira de fazer algo diferente.

Ah, e o nome do álbum, KYORYU, veio do fato de que os dois irmãos têm nomes japoneses: Kyohei e Vishay, e eles são frequentemente abreviados para “K” e “U”. Descobrimos isso há anos, mas somente depois que o nome da banda, Last Dinosaurs, foi criado. Vimos “KYORYU” em um cartaz no Japão, que anunciava uma exposição de museu. Pensamos: “Por que não fazer isso nas duas metades do álbum?” Três letras equilibradas de cada lado.

Glow Pop Brasil: Se o álbum KYORYU fosse um filme, qual seria?

Michael Sloane: Acho que Blade Runner tem muitos visuais semelhantes à nossa capa de álbum. Aquela cidade futurista e tudo mais. Também vemos um pouco de 2001: Uma Odisseia no Espaço, com o componente de IA. A inteligência artificial, ganhando consciência e assumindo o controle, é muito parecida com o que acontece em 2001: Uma Odisseia no Espaço, um filme bem à frente de seu tempo, claro, isso foi há, sei lá, 50 anos, então estamos um pouco atrasados (risos).

Musicalmente, muitos dos filmes de Ghibli, vocês conhecem Hayao Miyazaki? Filmes como A Viagem de Chihiro, O Castelo Animado, e até os mais antigos, como Nausicaä do Vale do Vento. Eles sempre tiveram esse tipo de tristeza sutil que permeia nossa música. Fomos muito influenciados pelos filmes de Miyazaki. Sou fã deles, sem dúvida.

Glow Pop Brasil: Como foi colaborar com os argentinos Isla De Caras?

Michael Sloane: Estávamos fazendo uma repressão do álbum Yumeno Garden em vinil, porque as cópias haviam acabado e muitas pessoas ainda queriam comprá-lo. Então, tivemos que fazer mais cópias. Mas pensamos: “O que poderíamos fazer para torná-lo um pouco diferente?”

Em vez de apenas fazer mais cópias, surgiu a ideia de reunir bandas que gostávamos ou com as quais já havíamos trabalhado antes, e bandas que nunca ouvimos antes também, darem a sua própria interpretação se quisessem, fazer fazer sua própria versão de uma estrofe, um refrão ou qualquer outra coisa. Ou seja, deixamos a instrumentação aberta para eles. Demos a eles as gravações que tínhamos, para que fosse a mesma música e não perdesse a mesma essência da gravação, porque não queríamos refazer a música completamente, só queríamos manter a sensação, mas deixar que outra pessoa entrasse e colocasse sua marca nela também, como aconteceu que muitas das bandas com as quais já tínhamos interagido. Foi ótimo poder trabalhar com elas, que vieram por meio de uma gravadora, uma das nossas amigas, que também trabalhou com elas na Argentina. Então, foi ótimo!

Glow Pop Brasil: Qual mensagem gostaria de enviar para o público brasileiro?

Michael Sloane: Sim, obrigado por nos receberem! Estamos muito ansiosos para finalmente tocar no Brasil, como vocês sempre pedem, “Come to Brazil!” (risos) e finalmente estamos aqui! Então, obrigado por nos receberem e mal podemos esperar para tocar no show!



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