A relação do brasileiro com o adjetivo “fenômeno” é diferente, muito além do que os verbetes possam explicar nos dicionários. Quando alguém é assim descrito, certamente algo especial e marcante está acontecendo. E assim foi com a Reação em Cadeia, que na década de 2000 extrapolou os limites do estado do Rio Grande do Sul e tomou conta de rádios, TVs, internet e palcos por todo o Brasil.
Um fenômeno, especial e marcante. Tão marcante que o fim, até então, da banda, em 2016, deixou fãs saudosos, mas não os fez parar de ouvir as músicas, ou sequer impediu que novas gerações, que não puderam ver a Reação no palco devido ao hiato, passassem a conhecer e curtir as músicas escritas e cantadas por Jonathan Dörr.
O retorno, sempre pedido e esperado, veio no palco do maior festival do sul do Brasil: o Planeta Atlântida. A Reação, por sua vez, subiu pela primeira vez no palco do Planeta 20 anos antes desse retorno, em 2003. Agora, o grupo se apresentará na Audio, em São Paulo, neste sábado com ingressos disponíveis através da plataforma Ticket360.
É impossível dissociar Reação em Cadeia e Jonathan Dörr, e, caso você se pergunte, esse é o sobrenome por parte da família materna e consta na certidão de nascimento de Jonathan Correa Goemann Dörr, herdado do avô, músico que o introduziu a esse mundo cedo, em casa. Em nota para a imprensa, o vocalista comentou:
“Sempre foi minha vontade usar o nome do meu avô, mas na primeira fase da Reação acabei assinando e ficando conhecido com o primeiro sobrenome, mais ‘brasileiro’.”
Foi durante a pausa da Reação, enquanto se dedicava à trajetória na banda Ego Kill Talent, com grande expressão internacional, que o cantor e compositor adotou o sobrenome, em homenagem ao avô. Contudo, “Dörr” não é a única bagagem do período com a EKT que Jonathan trouxe para o retorno da Reação.
As experiências que Jonathan viveu ao dividir palcos pelo mundo com músicos renomados e bandas do calibre de Metallica, Pearl Jam e System Of A Down, convivendo até de forma mais próxima, como o Foo Fighters em turnês e gravações, além dos shows em festivais como o Rock In Rio (edições no Brasil e em Portugal) e Lollapalooza (Brasil e Chile), foram enriquecedoras.
As performances no Rock am Ring e Rock im Park (Alemanha), Hellfest(França) e Download Festival (França e Espanha) também ampliaram a visão do artista sobre a música, não apenas de cima do palco, mas em termos de planejamento e estrutura de show e de turnê.
Se, por um lado, o hiato foi importante por essas novas experiências, por outro reconectou Jonathan Dörr à Reação Em Cadeia:
“Me fez ver o quanto eu amo esse projeto, que é o projeto da minha vida”. Além disso, a distância fortaleceu também os laços com os fãs da banda, que sempre foram fiéis e apaixonados, e até lhe surpreendeu o fato de que novos fãs surgiram, mesmo que a Reação não estivesse em atividade. Diversas vezes eu via, ou alguém me mandava, postagens e comentários de pessoas falando algo do tipo ‘olha essa banda que eu descobri!’, ou que as músicas estavam ajudando a superar momentos difíceis… Isso não tem preço, é uma conexão que não tem explicação.”
Juntam-se a Jonathan Dörr na formação da Reação Em Cadeia para essa nova fase os músicos Thissi Bergmann, Elias Frenzel, Eduardo “Panda” Petry e Tiago Medeiros.
Confira o vídeo da turnê “Até Parar de Bater” logo abaixo!