Inhaler e Girl in Red elevam São Paulo em prévia explosiva do Lollapalooza 2025

Foto: @__lkraw | Lucca Adams

Dupla sensação do indie invade São Paulo em Sideshow e esquenta apresentações para a edição desse ano do Lollapalooza. Ambos se apresentam no primeiro dia do festival.

Na véspera de um dos maiores festivais do país, São Paulo foi palco de um encontro que já deixou o clima em ebulição. A cantora norueguesa Marie Ulven Ringheim, conhecida como Girl in Red, e a banda irlandesa Inhaler, dois nomes que representam a nova onda do indie pop/rock, subiram ao palco da Audio na última quinta-feira (27) em um sideshow que mais pareceu um festival à parte, unindo forças para um side show especial.

Entre explosões sonoras, declarações emocionadas e uma plateia em êxtase, a noite serviu como o esquenta perfeito, antecipando suas participações no Lollapalooza Brasil 2025.

A fila em torno da casa de show já deixava claro que aquele não seria um show qualquer. Fãs vestindo camisetas personalizadas, tanto do Inhaler quanto da norueguesa Girl in Red, compartilhavam palpitações sobre possíveis setlists e a emoção de testemunhar as primeiras apresentações de ambos os artistas no Brasil.

São Paulo” in Ecstasy!

Com início pontual às 20h30, conforme anunciado previamente pela Ticketmaster, a banda irlandesa subiu ao palco sob aplausos entusiasmados. Com um setlist rotacionado pelas apresentações na América Latina, a abertura da noite ficou por conta de “Your House”, primeiro vislumbre do terceiro álbum da banda entitulado “Open Wide” – lançado em fevereiro desse ano.

O setlist percorreu a trajetória da banda, incluindo sucessos como “My Honest Face”, “These Are The Days” e “Love Will Get You There”. A performance de ‘Cheer Up Baby’ se destacou pela expectativa em torno de sua inclusão no setlist, já que a música vinha sendo alternada nas apresentações anteriores. A energia contagiante de Elijah Hewson, aliada à precisão instrumental de seus colegas de banda evidenciou a maturidade artística do grupo, que, apesar da ascendência ilustre do vocalista, tem consolidado sua identidade no cenário musical.

A harmonia entre os integrantes é notável — o baterista Ryan McMahon dita o ritmo com solidez, Josh Jenkinson (guitarra) entrega solos precisos e Robert Keating (baixo) segura a base com groove e presença. Se no estúdio o som do Inhaler é bem polido, ao vivo ele ganha uma camada de crueza que só favorece a experiência. As guitarras soam mais sujas, os vocais mais rasgados, e a emoção, mais palpável.

Entre o indie e o íntimo: Girl in Red na Audio

A entrada de Marie no palco, pontualmente às 22h, fez com que a energia do público atingice o ápice. Ovacionada por uma plateia jovem, diversa e emocionalmente conectada à sua música, Girl in Red parecia visivelmente emocionada com a recepção calorosa — “Eu não fazia ideia de que vocês sabiam cantar tão alto”, disse encantada com a plateia brasileira. A cantora havia sido confirmada para a edição de 2020 do Lollapalooza no Brasil, mas teve sua edição cancelada devido à pandemia global de COVID-19.

​A artista tornou-se uma figura emblemática para o público lésbico e sáfico devido à sua representação autêntica e aberta de relacionamentos entre mulheres em suas músicas como um reflexo de sua vida pessoal. Suas canções, como “I Wanna Be Your Girlfriend” e “Girls”, também presentes na setlist, abordam de forma sincera e direta as experiências e sentimentos de mulheres que amam mulheres, oferecendo uma representatividade muitas vezes ausente na música mainstream.​

Durante o show, Marie compartilhou com o público que estava enfrentando uma infecção na garganta, o que poderia afetar sua performance. Ela pediu a ajuda dos fãs para cantar as músicas, e a plateia respondeu prontamente, criando uma atmosfera de união e apoio mútuo. Cada canção foi acompanhada em coro pelos fãs, evidenciando a forte ligação entre a artista e seu público brasileiro.

O repertório de Girl in Red incluiu sucessos como “Bad Idea!”, “I’m Back”, “Summer Depression”, “Serotonin”, “I’ll Call You Mine”, “We Fell in Love in October”, “Too Much”, “Midnight Love” e “Dead Girl in the Pool”.

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