No dia nacional da visibilidade Trans, Ressoa lança o seu primeiro EP como forma de fortalecer a expressão do Movimento das Themonias, como uma pessoa não binária na Amazônia.
A cena artística de Belém revelará mais uma expressão potente. Repleto de identidade e da poesia de um corpo fora do eixo, o EP RESSOA chegará às plataformas digitais, no dia 29 de janeiro de 2025, a fim de subverter em força todas as barreiras de preconceito sofridas pelas existências Trans, na Amazônia.
A estreia desse projeto representa a possibilidade de pessoas transgênero exercerem seus dons distantes das condições de violências impostas sobre os seus corpos, afirma Ressoa.
O EP ressalta as sonoridades da música popular e folclórica brasileira com a proposta de ser um ponto de confluência entre a musicalidade da região Norte do Brasil e a música contemporânea do mundo. “Sempre busquei pelo som genuíno das palavras que eu canto, por isso o meu trabalho musical tem o nosso sotaque, para ser – literalmente – uma expressão emitida da Amazônia para o mundo” conta Ressoa.
São cinco faixas autorais que retratam a visão e sentimento de mundo de Ressoa, este produto de arte resulta das vivências afetivas e das lutas sociais pelo direito de existir em sua essência, em Belém do Pará.
Com produção musical de Almino Henrique e João Paulo Daibes, e a colaboração dos grandes músicos: Angela Rika, Lariza, Lorena Monteiro, João Paulo Pires, Paulo Robson, Maurício Panzera e Jimmy Góes, formou-se uma grande obra cultural.
RESSOA também resulta de um prêmio recebido pela Lei Paulo Gustavo.
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Serviço:
Lançamento do EP RESSOA
Dia 29 de janeiro de 2025, às 19h
No espaço colaborativo Realejo, rua Arcipreste Manoel Teodoro, 616 – Batista Campos, Belém- PA.
Entrada França
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Sobre Ressoa:
Ressoa: Identidade e expressão themônia.
Uma resistência artística pelo direito de existir, uma persona a serviço da palavra e da admiração ao feminino que sustenta nossa existência. Com referências da cultura popular e erudita brasileira, verifica as possibilidades nos processos da busca por propriedade de si através da poesia, estudos de voz e canto em performance, da imagem e da consciência do corpo que expressa suas questões e olhares que descrevem as versões de si no mundo. Estuda canto e interpretação desde 2011, em instituições como a Casa da Linguagem, Casa das Artes e Emufpa, entre a memória afetiva e o agora forma-se o repertório como intérprete e autoral artístico. Em sua atuação, já compôs a programação de diversos espaços culturais de Belém e festivais como a segunda edição do “Atraque” e “BoulevArt”, em 2019, show comemorativo dos 33 anos do Teatro Margarida Schivasappa e “TakaNight entra na MARSHA”, em 2020, do II Festival NoiteSuja “Identidades Transformadoras”, em 2021 e da edição II do (RE) EXISTIR da Lacigspa.
A maneira como esse corpo se expõe é o grito das muitas vozes que ouço e sou, pesa a expressão sobre todas as técnicas.
Sobre As Themonias:
Nos organizamos em um Movimento artístico cultural do inferno Amazônico. Ser Themônia é ironizar a demonização dos nossos corpos e exaltar os nossos potenciais invizibilizados, ainda que provoque o estranhamento e incômodo para a sociedade que ainda insiste em nos reprimir enquanto nos fortalecemos, cada vez mais.
“Somos ação, movimento, algo que acontece, arrasta o que tiver pela frente, outros corpos e vai tomando várias frentes, contágio artístico de olhares e relações criativas e sensíveis em retroalimentação, ser Themônia é botar pra fora, ser autêntica, ser você mesma, se ver e se reinventar em si, é o primeiro encontro antes de ir ao encontro, se encontrar em si para encontrar o outro.” (Revista THEMÔNIAS primeira edição)



Que honra! Agradeço pelo apoio e imenso carinho. Subamos!